sábado, 2 de maio de 2009

U2 - Until The End Of The World & New Year's Day

Fechando o dia, vos trago aquela que, sem dúvidas, é o maior nome musical da Irlanda.
O U2 entrou em minha vida, assim como o Cranberries, anda em minha infância, e apesar de alguns deslizes deles no decorrer de sua discografia, a banda ainda é vista por mim com um carinho quase que incondicional, por todo o conjunto de sua obra.
São várias as virtudes encontradas no grupo, que vão desde a capacidade desumana do guitarrista The Edge, tanto em ser o melhor backing vocal que já tive o prazer de assistir e ouvir, como um dos maiores guitarristas tradicionais e experimentais do rock 'n roll. A voz do Bono dispensa demais comentários, assim como suas composições. A liderança do mentor e baixista Adam foi fundamental no crescimento da banda. E a regularidade do baterista Larry dá o fechamento que necessário para se montar uma grande banda de rock'n'roll.
Eu penso que o U2 faz parte da Irlanda não só na música, pois é natural que, quando pensemos naquele país, independente de qual assunto esteja sendo tratado, o nome deles nos venha à mente, de forma involuntária, assim como o nome Bob Marley, quando mencionamos qualquer assunto voltado à Jamaica.

Uma curiosidade no vídeo de hoje:
Eu buscava, na verdade, a canção Until The End Of The World, do álbum Achtung Baby, de 1991, mas ao caçar os vídeos, descobri esse vídeo, que vinha junto com a clássica New Years Day, do álbum War, de 1983, então pensei:
Por que não postar assim mesmo?
Confesso que é uma das melhores sequências que já assisti, em shows deles, inclusive esse é o que considero o maior show do U2, de todos os tempos (pelo menos dos que já assisti) feito em Sydey, no ano de 1993, na turnê intitulada ZOO TV.
Inclusive, o concerto virou DVD oficial da banda.



Haven't seen you in quite a while
I was down the hold just passing time
Last time we met was a low-lit room
We were as close together as a bride and groom
We ate the food, we drank the wine
Everybody having a good time
Except you
You were talking about the end of the world

I took the money
I spiked your drink
You miss too much these days if you stop to think
You lead me on with those innocent eyes
You know I love the element of surprise
In the garden I was playing the tart
I kissed your lips and broke your heart
You...you were acting like it was
The end of the world

(Love...love...)

In my dream I was drowning my sorrows
But my sorrows, they learned to swim
Surrounding me, going down on me
Spilling over the brim
Waves of regret and waves of joy
I reached out for the one I tried to destroy
You...you said you'd wait
'til the end of the world


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -


All is quiet on New Year's Day.
A world in white gets underway.
I want to be with you, be with you night and day.
Nothing changes on New Year's Day.
On New Year's Day.

I... will be with you again.
I... will be with you again.

Under a blood-red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspaper says, says
Say it's true, it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one.

I... I will begin again
I... I will begin again.

Oh, oh. Oh, oh. Oh, oh.
Oh, maybe the time is right.
Oh, maybe tonight.
I will be with you again.
I will be with you again.

And so we are told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day
On New Year's Day
On New Year's Day

12 comentários:

Figueiredo disse...

Adoro o U2 por alguns motivos, mas dois são os mais importantes:
Pelas musicas e pelo Bono me lembrar o Patch Adams e sempre me fazer rir com isso =X

Otávio disse...

sem dúvidas o maior nome musical? bom, claramente vc precisa conhecer My Bloody Valentine, que foi bem mais influente para a década de 90 do que o U2 jamais sonhou em ser. Nenhum dos álbuns do U2 me empolga, gosto um bocado do Joshua Tree, e acho até interessante o Achtung e o All That You Can´t Leave Behind, o resto é lixo. E a banda virou uma piada, tal qual o Pink Floyd na década de 90, que só pensa em shows grandiosos.
Pior não é nem isso, pior é o Bono, o lance dele é ficar tomando cafezinho com Wim Wenders, ligar pra casa Branca com uma visão totalmente tateante de política e pregar contra a fome quando tem uma coleção de trocentos óculos e outros luxos.

Ah, respondendo ao comentário do outro post de Figueiredo: me parece que vc acha que o rock é uma evolução, é isso?
e o que vc quis dizer com "uma pessoa que acredita que inovações trazem 'melhoras'"? Vc acha que inovação traz o que? piora por acaso? Bom, então acho que o pensamento pré-socrático é uma boa, a lei das XII tábuas romana é uma maravilha e as inovações nas leis, principalmente a partir do séc.XIX não trouxeram melhoras, a inovação do pós-2ª Guerra com a Declaração dos Direitos do Homem piorou tudo, e a inovação da internet é um retrocesso em todos os aspectos...

Otávio disse...

Nando, uma sugestão: vc poderia colocar os dois vídeos num único post, tu não acha q ficaria melhor? Dessa forma, quem entra vê primeiro o primeiro vídeo que vc postou, saca? Além disso, ficaria bom porque unificaria os comentários dos dois vídeos.

by Nando Oliveira disse...

Sim, o maior nome musical de toda a Irlanda, sem dúvidas, queira você ou não.

Outra vez voltamos a bater na mesma tecla:
- E desde quando a influência me diz se a banda possui mais qualidades ou não?

Devo esperar então que bandas, surgidas nos últimos 5 anos, aguardem que suas influências surtam efeito, para que eu possa ouvi-las com o mesmo prazer que tu sentes ao ouvir teus sons preferenciais?
Palmas para Otávio.

Se nenhum dos álbuns do U2 te empolga, o que se pode fazer? Apenas lamentar.
Chamar os outros álbuns de lixo, é algo que traz tantos fundamentos quanto colocar Modest Mouse como uma das 3 bandas mais importantes do qualquer que seja um movimento ou vertente.
(Tragam a ratoeira prepotente, por gentileza).
Com certeza o amigo jamais ouviu o Zooropa, sequer teve conhecimento do War e nunca foi apresentado ao The Unforgettable Fire.

A vida particular dos artistas, sendo pre-requisito para sua qualidade musical, me soa tão patético quanto essas atitudes dos mesmos, movida por puro marketing e/ou promoção pessoal. Não sei, não os julgo em suas vidas paralelas, antes de julga-los em cima do palco ou dentro do estúdio.
E me baseando mais ainda nesse princípio, te aconselho a não ouvir mais nada do Pink Floyd, afinal Gilmour não incorporou o Roberto Marinho quando deu tal "declínio" na década de 90, era sim o mesmo cidadão que estava presente na banda, nos anos antecedentes.

Tuas críticas estão cada vez menos inofensivas, Otávio, por favor, me traga o Modest Mouse de novo, ao menos era algo imprevisível.

Otávio disse...

Vc inverteu a lógica do pensamento: não quero dizer que é melhor porque influencia mais, mas o contrário, que influencia mais porque é melhor. Pura lógica, causa e consequência.

Se quiser esperar as novas bandas boas começarem a influenciar outras, fique a vontade, hehe. Brincadeira, falando sério, a lógica anterior já responde por si só. Gosto de ouvir o que me atrai, o que julgo com sendo de boa qualidade, independentemente da eventual influência que venha exercer, isso é consequência.

U2 ou Modest Mouse? Fico com o segundo mesmo, Good News for People Who Love Bad News é um álbum muito superior a qualquer um do U2. E sim, conheço os citados álbuns, do Unforgettable Fire só se salva Pride e Bad, do Zooropa, Stay é uma música legal, e Sunday Bloody Sunday do War até empolga.

Para a arte em geral, a vida do artista de fato não interessa, mas sim a obra. Quando falei da vida do Bono, tava me referindo que era pior do que a piada de fazer shows grandiosos, hiperbólicos, que chamam atenção mais do que música. O fato de ele tentar passar mensagens políticas nesses shows, incorporando também em suas músicas, aí sim, a vida dele é sim pré-requisito, porque se ele quer manifestar mensagens em sua arte, deve também incorporar em sua vida (do contrário, será um hipócrita, e sua mensagem um lixo). O cara quer ser o salvador do terceiro mundo, o messias ou sei lá o que, pacifista, contra a fome e o caralho a quatro, e incorpora isso na arte dele, então ele vira mais que um artista, ele vira um ativista, e como tal é patético.

E como assim, se baseando ainda mais nesse princípio eu não deveria ouvir nada do Pink Floyd? Desde quando Gilmour virou ativista político? Rapaz, não diga que era o mesmo cidadão, um homem não entra no mesmo rio duas vezes. Na década de 70 era um, hoje é outro, eu admiro o Pink Floyd daquela época, não o que se tornou na década de 90, isso então desabona todo o período anterior? Me parece óbvio que não. Simplesmente não ouço o Pink Floyd pós Roger Waters. Devo deixar de ouvir todo o resto então?

E que primor de argumento falar que minhas críticas estão inofensivas, adicionou muito ao debate, a dialética agradece.

Figueiredo disse...

“Ah, respondendo ao comentário do outro post de Figueiredo: me parece que vc acha que o rock é uma evolução, é isso?
e o que vc quis dizer com "uma pessoa que acredita que inovações trazem 'melhoras'"? Vc acha que inovação traz o que? piora por acaso? Bom, então acho que o pensamento pré-socrático é uma boa, a lei das XII tábuas romana é uma maravilha e as inovações nas leis, principalmente a partir do séc.XIX não trouxeram melhoras, a inovação do pós-2ª Guerra com a Declaração dos Direitos do Homem piorou tudo, e a inovação da internet é um retrocesso em todos os aspectos...”
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Deixa Titia te explicar uma coisa, há uma grande diferença entre EVOLUÇÃO e INOVAÇÃO
Algumas inovações trazem grandes evoluções, mas nem sempre ocorre isso, você enumerou vários fatos desencadeadores de um processo evolutivo, mas esquece de alguns...
Como Lombroso, por exemplo, não há quem conteste que sua teoria foi uma inovação dentro do Direito, mas não podemos considerá-la uma evolução, e você há de concordar comigo. Que Lombroso foi um estudioso que mesmo inovando os meios acadêmicos só possuiu utilidade ao ser contestado em sua teoria do criminoso nato.

Felipe Medeiros disse...

Acho a música inicial do U2 vigorosa, embora nunca tenha sido algo tão tocante para mim emotiva ou musicalmente falando. Talvez minha recepção ao seu som tenha sido a impressão de ser muito inspirada em momentos isolados, numa intuição de muita vivacidade, mas não muito tangível no processo criativo das canções, e que hj. virou pastiche de si mesma (embora os arranjos de The Edge sempre tenham me parecido bem interessantes e inteligentes, como você observou).

Meus discos favoritos são All that you can leave behind, Actchung Baby e Joshua Tree. E sobre a discussão de quem seria o melhor, o pior, entendo o seguinte:

A música, como em qualquer outra arte, começa pelo gosto mas não termina por ele ao menos que seja proposto um debate. Nisto, concordo inteiramente com vocês. Pois se fosse rigorosamente levado a sério, não teria levado a arte, e muito menos o pensamento crítico sobre a arte, a lugar nenhum.

O interesse de qualquer defesa é valorativo sim. Ir contra, por exemplo, um Kid Rock, um Babado Novo, implica ir contra uma concepção de música que está “valorativamente” na contramão do que acredito.

A toda e cada opinião, repito, basta a defesa dos seus valores, da forma mais racional possível, se possível.

Enfim, certas coisas devem ser combatidas e defendidas MESMO, mas com postura, ética e disponibilidade ao diálogo, até porque sem argumentação, a defesa não irá além do mero conjunto de determinismos, e que soariam bem mais agradáveis e pertinentes em forma de dicas.

Por um pouco disso tudo não me interessa muito saber quem foi ou seria mais relevante, o melhor vocalista de todos os tempos, o melhor guitarrista, quem tinha o caralho maior, etc. Prefiro muito mais expor o que gosto, de modo valorativo também, dando deixas de possíveis associações e correspondências.

Felipe Medeiros disse...

"A verdade não é complexa, nós é que somos." Oscar Wilde

by Nando Oliveira disse...

"Gosto de ouvir o que me atrai, o que julgo com sendo de boa qualidade, independentemente da eventual influência que venha exercer, isso é consequência."

Como eu vinha dizendo...

"Good News for People Who Love Bad News" é um álbum que, perto de um "simples" Zooropa, me faz gargalhar, apesar de ser um álbum bom, mas não comparo uma obra redonda e maravilhosa com algo que me entra nos ouvidos em quadragésimo quinto plano.
Repito então o seu comentário acima, o qual está entre aspas.

O ativismo de Bono chama mais atenção do que a música?
Cara, tu fica analisando a cor da luz dos olhos dos porquinhos, em Of of These Days, ou se entraga à perfeição do solo do Gilmour, durante o decorrer da canção?
Paciência, Otávio!
Se não te toca a mensagem de Sunday Bloody Sunday, referente a um assassinato em massa, ocorrido na Irlanda, que posso fazer, meu caro?
Ter rios de dinheiro seria um erro para quem quer que fosse formular alguma crítica política?
Então Roger Waters é um tremendo filhod a puta, por ter utilizado a guerra como tema central em algumas canções suas, inclusive foi o tema central do último show dele realizado no Brasil, o qual você enalteceu, com méritos, pois compartilhei do mesmo pensamento.

"Teu peido cheira, mas o dos outros fede".
Nisso você peca.

"E que primor de argumento falar que minhas críticas estão inofensivas, adicionou muito ao debate, a dialética agradece".

Sim, pois debates onde as postagens são regadas a arrogâncias infundadas, fazem elas me soar como sendo inofensivas.
Porém ainda assim me sinto lisonjeado em tê-lo por aqui, afinal sempre fui e sempre serei admirador de suas idéias, com exceção das equivocadas, mas estas são fazem parte da minoria.

by Nando Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
by Nando Oliveira disse...

"Eu sou tão esperto que às vezes não entendo uma palavra do que eu estou dizendo."

(Oscar Wilde sobre Oscar Wilde)

fonte: desciclopedia

"Fui pra wikpedia pra saber quem era esse sujeito e me deu impressão de que eu ainda estava na desciclopedia!"

(Leitor surpreendido sobre Oscar Wilde)


fonte: desciclopedia

rsrsrsrs...

by Nando Oliveira disse...

Quanto à sugestão de postagens, você teria razão se eu não tivesse fazendo uma contagem aqui, já baseada nessa forma que estou postando.
Mas sua opinião está corretíssima.
desculpa se eu dou algum trabalho, vei, mas mudar agora seria ruim pra mim.
Vamos tentar deixar como está.

Um abraço apertado em suas costas.
Que Felipe não se sinta enciumado.