quarta-feira, 29 de abril de 2009

Travis - Writing To Reach You

Inicio os posts da Quarta-feira com outra grande banda escocesa, tão boa quanto a sua conterrânea, a Belle and Sebastian, mas com uma sonoridade um pouco diferente, menos trabalhada, porém mais romântica, diria eu.
Fui apresentado ao som do Travis há uns cinco ou seis anos atrás, e confesso que tenho como preferência o terceiro álbum (o qual contém as clássicas Sing e Side, entre outras), mas esse segundo, o The Man Who, de 1999, que contém essa canção, não fica tão atrás assim, e é o ponto onde eles realmente ganham o status de grande banda dentro do cenário Indie Britânico.
(Sei que meus colegas de blog irão discordar dessa opinião sobre qual dos dois álbuns é o melhor, mas...)
O clipe, como quase todos da banda, é bem interessante, mostra situações onde o cidadão está no lugar errado e na hora errada, mas tem um desfecho que fica a critério do espectador, interpretar como melhor lhe convir.



Every day I wake up and it's Sunday
Whatever's in my eye won't go away
The Radio is playing all the usual
And what's a Wonderwall anyway

Because my inside is outside
My right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you now but
I might never reach you
Only want to teach you
About you
But that's not you

It's good to know that you are home for Christmas
It's good to know that you are doing well
It's good to know that you all know I'm hurting
It's good to know I'm feeling not so well

Because my inside is outside
My right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you now but
I might never reach you
Only want to teach you about you
But that's not you
Do you know it's true
But that won't do

Maybe then tomorrow will be Monday
And whatever's in my eye should go away
But still the radio keeps playing all the usual
And what's a wonderwall anyway

Because my inside is outside
My right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you now but
I might never reach you
Only want to teach you
About you
But that's not you
Do you know it's true
But that won't do
And you know it's you
I'm talking to

2 comentários:

Felipe Medeiros disse...

O Travis dá prosseguimento à estrutura melódica do simpático Good Feeling, em The Man Who. As canções são assinadas com a mesma veia baladeira, melancólica e lírica do álbum de estréia. Concomitante, a sonoridade retrô da banda é abastecida ainda mais pelo rock sessentista, que tanto a caracteriza, aliado a generosas insinuações à Folk-Music e piscadelas com o Blues.


Pode-se notar, também, um delineamento maior da predileção de Fran Healy por descrições psicológicas dos efeitos da solidão; numa parcela bem parecida com a de um Morrissey: sendo Healy menos interessante, por cair com maior freqüência em clichês (embora nada que comprometa tanto)e atolar-se, na mesma proporção, em tacanhas investidas à chantagem emocional (sem a deliciosa ironia do líder dos Smiths).


O talento de Healy, se não impressiona como força inovadora, espanta pela incrível metabolização criativa de suas melodias grudentas; transforma todas as faixas em possíveis hits radiofônicos. Unindo o útil ao agradável, o bom nível das composições se iguala à sua potencialidade comercial - exceto por The Fear e As You Are, constrangedoras pelo discorrimento de censurável complacência já citada.


Certamente, Writing To Reach You, Driftwood, Turn, Why Does It Always Rain On Me? e She's So Strange derreterão muitos fones de ouvido por aí (tá bom, os daqui de casa). E não envelhecerão mal, como alguns álbuns posteriores da banda: formuláicos sem um mínimo constrangimento, ou bom senso.

Otávio disse...

Essa Wonderwall B-side é um verdadeiro charme. The Man Who é um álbum que gosto bastante