quarta-feira, 29 de abril de 2009

Radiohead - Reckoner

Enfim, o Radiohead figura aqui no blog, e em sua primeira aparição, os trago de forma mágica, pois considero essa canção como sendo, simplesmente, a mais maravilhosa do ano de 2007, dentre todas, entre todas as bandas.
O álbum In Rainbows, onde ela se encontra, assim como quase todos da banda (com exceção do The Bends, o melhor em minha opinião), não teve minha aceitação positiva, assim logo de cara, mas é justamente isso que aprecio no Radiohead, essa capacidade deles em acabar me conquistando com o tempo, o suficiente para que as canções possam ser melhores "digeridas", até tornarem-se verdadeiros hits pessoais.
Podem ficar certos de que outros posts dessa álbum virão por aí, em breve, assim como outros clássicos que são rotina na discografia desses ingleses.
Quanto à apresentação, ela aconteceu num trabalho chamado From the Basement Video Series, feito em 2008, exibido pelo canal VH1.



Reckoner
Can you take it with you
Dancing for your pleasure

You are not to blame for
Bittersweet distractors
Dare not speak its name
Dedicated to all you
All human beings

Because we separate
Like ripples on a black shore
In rainbows
Because we separate
Like ripples on a black shore

Oh reckoner
Take me with you
Dedicated to all you
All human beings

15 comentários:

Figueiredo disse...

Está aí o exemplo de uma das poucas bandas, que ao contrario das outras acredito ter evoluído com o tempo... “a mudança no som” fez ganhar destaque, junto ao meu suave paladar musical.
Também existe o triste fato de me lembrar um ex-namorado, maníaco, depressivo e ciumento. (mas esses são apenas detalhes)

Otávio disse...

Eu não entendo como vc pode achar o The Bends o melhor. Certamente é um álbum extraordinário, foi o primeiro que eu comprei deles, foi o que fez eu me apaixonar pela banda, mas o que eles fizeram depois é algo inigualável nesta geração: Ok Computer. E olha que depois ainda tem o Kid A.
Agora, apesar de não considerar o melhor, o The Bends é o que eu tenho mais carinho, exatamente por ter sido o primeiro cd que comprei na vida, com 13 anos (não o primeiro que eu tive, mas o que primeiro que escolhi diretamente numa loja).
Desde então, o Radiohead me acompanha fielmente, e ter ido ao show deles foi o ápice desse amor incondicional pela banda que considero a melhor dessa geração.

Quanto ao post anterior, prefiro de longe o The Man Who, o resto da discografia do Travis, ouvi pouco, e pretendo deixar dessa maneira, não me agradou nada.

by Nando Oliveira disse...

Acho o The Bends o melhor pela importância pessoal que as músicas possuem, em minha vida, cara.
Pouco me importa se o Ok Computer foi responsável pela inovação do final dos anos 90.
Seria errado então dizer que o Abbey Road é inferior ao Sgt. Peppers, pelo fato do mesmo não ter inovado como o clássico de '67?
NÃO!
É uma questão de "ser tocado" pelo conjunto da obra, e pra fechar, dentro do Ok Computer, encontro uma canção chata pra caralho, que é a "The Tourist", e um experimentalismo tosco que é o "Fitter Happier", diferente do The Bends que não possui NENHUMA quebra, dentro do conceito qualitativo.

A resposta pro comentário do Travis, é similar, em partes, pois eles não inovaram em NADA, mas é uma bana extremamente agradável, porém com o conjunto da obra sendo mais interessante, PRA MIM, no terceiro álbum. Só "Side" e "Sing" são inatingíveis em termos de qualidade, dentro do meu conceito, mas talvez vc critique-as por elas terem virado "hits de MTV", fato que, caso seja verdade, eu julgue como sendo desprezível, por ser absurdo.

Otávio disse...

The Bends pode ser mais importante pessoalmente pra vc, mas que é inferior (por menor medida que seja) ao Ok Computer, isso é fato. Agora, chamar Fitter Happier de experimentalismo tosco dói, e dói com força, pois a música está em perfeita sintonia com o conceito inteiro do álbum, não é um quebra de jeito nenhum, pelo contrário, serve para deixar a experiencia de ouvi-lo ainda mais rica - já parou pra refletir a letra de Fitter Happier?.
E quanto a The Tourist: chata? CHATA? CHAAATA? Rapaz, taí um adjetivo que nunca usaria pra essa música, acho que ela fecha de maneira magistral o álbum, é extremamente emocionante (como o que veio antes, diga-se), poética até dizer basta, a maneira como ela se constrói, como vai crescendo, é um espetáculo.

Mas o Abbey Road é inferior ao Sgt.Peppers, e pela sua resposta a sua própria pergunta, vc concorda comigo.

Otávio disse...

p.s.: a postagem removida era minha, tinha um errinho.

p.s.2: Realmente o The Bends não possui nenhuma quebra qualitativa - e isso também é verdade para todos os outros álbuns que vieram depois, do Ok Computer ao In Rainbows.

p.s.3: Hey man, sloooooow dooooown

by Nando Oliveira disse...

The Bends pode ser mais importante pessoalmente pra vc, mas que é inferior (por menor medida que seja) ao Ok Computer, isso é fato.

Otávio, desde que tu tentasse enfiar a importância de Modest Mouse em alguma coisa, tu passou a ficar engraçado em teus comentários, mas vamos lá:

O Ok Computer é sim um grande álbum, e é inovador, mas o que eu disse, e repito, é que a inovação não é necessariamente o critério a ser analisado, quando vamos definir a importância de uma grande banda, sob qualquer aspecto.
Qual a inovação do Oasis, nos 3 primeiros álbuns? Rock'n'roll puro, com hits maravilhosos, mas de inovador, NADA, e ainda assim genial.

Mantenho a postura sob as duas fracas faixas do Ok Computer, e as acho sem NADA a acrescentar, mesmo que as mesmas estejam dentro de qulquer visão conceitual.

Sou obrigado a gostar de "Good Morning Good Morning", do Sgt. Peppers, apenas pelo fato dela ali estar?

Sim, o Abbey Road é inferior ao Sgt. Peppers, pois pra mim, seguindo OS DOIS CONCEITOS, ele é inferior, tanto em inovação quanto em qualidade musical, mas eu aceitaria tranquilamente se alguém o colocasse como superior, como por exemplo Soneca e Tiago, mesmo no caso de Soneca sendo apenas pela qualidade e não pela importância.

Ah, vai coçar teu cu com maxixe.

by Nando Oliveira disse...

Houveram quebras qualitativas sim no Radiohead, sob meu ver.
Não existe necessidade alguma de Morining Bell vir duas vezes, e ainda vir PIOR na segunda vez.
Outra coisa, We Suck Young Blood é podre, enjoada e sem nenhuma graça: lixo.

Sem mais.

Otávio disse...

- Importância do Modest Mouse pra o cenário indie estadunidense da década de 90.

- Inovação é um critério de extrema importância: o fato de se inovar em algo já diz muita coisa, não só na música, mas nas artes em geral.

- Quem disse que Oasis não inovou? o cenário britpop como um todo foi uma grande inovação na música britânica; tudo bem que resgataram uma sonoridade sessentista, mas essa sonoridade serviu como base e inspiração pra quebrar um paradigma oitentista na música da terra da Rainha.

- Fazer mais do mesmo, ficar no lugar comum e seguro, com qualidade, é bom, a gente agradece e gosta de ouvir, mas se é só isso que uma banda faz, será esquecida em aguns anos, pois com certeza tenderá pra mediocridade.

- Quero esse maxixe que vc falou.

by Nando Oliveira disse...

Deve ser por isso que o Iron Maiden é uma banda esquecida, por quase 30 anos.

Um maxixe mais grosso, dessa vez.

Figueiredo disse...

Redimida a minha insignificância e pouca sapiência...=X

Felipe Medeiros disse...

Ok Computer Não passa de uma grande sacada jornalística, sempre à procura da banda lendária de sua geração (e por favor não me fale da pecha post-rock, merci). É um belíssimo disco, certamente mais arriscado que o The Bends, ou como outros da carreira da banda, mas concordo com Nando na escolha do meu álbum favorito. Para mim, é o disco mais redondinho, de composições mais tocantes, densas, concisas e que, por sinal, acertam o alvo como pouquíssimas outras coisas. Meu segundo favorito seria o Kid A, que acho até mais distribuído na sua vontade de experimentação e no encadeamento de suas imagens nas composições, mas menos inspirado em duas ou três músicas (favor não confundir com um desleixo ou falta de vontade, mas em comparação mesmo ao resultado da assinatura do The Bends).

- Alguém poderia me citar por aqui quais foram as benditas inovações que eles fizeram? Juro por Deus que teria curiosidade de saber. A meu ver, como escrevi acima, experimentaram, antes de tudo no som deles, em novos contatos musicais e em novas perspectivas de composições.

E sobre quem é o melhor e o que não é: acredito que a toda e cada opinião basta a defesa dos seus valores, da forma mais racional possível, se possível. Ir além disso é perda de tempo e de uma boa punheta.

Otávio disse...

Como isso aqui já tá com 12 comentários, e eu só gosto de uma boa discussão tomando uma boa cerveja gelada, só tenho uma coisa a dizer:

IRON MAIDEN DE CU É ROLA!

No mais, argumentos sobre o Radiohead só quando tomarmos uma cerva, que será nesse fim de semana (como todos os fins de semana). Sobre a grande sacada jornalística, prefiro nem comentar, BRULOOOW.

Felipe Medeiros disse...

Melhor disco da década de 90? Nem fodendo. Eis a razão de citar a tal pecha jornalística, que acabou seduzindo muitos indies de plantão a citarem o mesmo (na mesma gratuidade e falta de tato histórico, atestada em ênfases de inovação). Por sinal, gosto do disco e até falei isso acima.

Cerveja com a insistência do papo?! Melhor ficar aqui tomando vinho no rego da depressão. Mas se for o caso de ouvirmos The Bends e Kid A durante o papo, aí viro criança feliz novamente. Feito?

by Nando Oliveira disse...

Feito.

Figueiredo disse...

Rapazes,

Queria ver vocês ‘discutindo’ regados a cerveja, PQP isso é mais uma aula q uma brincadeira
Acredito que os únicos álbuns que eu poderia discutir musica a musica, como vocês fizeram aqui, seriam os do Chico Buarque

Ta bom, mas colocando minha humilde opinião de leiga, acho que inovações são como as de Freud na Psicanálise, ou de Kelsen no direito, elas servem como exemplo a ser quebrado e não seguido =X

OK computer é uma porcaria